quinta-feira, 15 de outubro de 2009



Quando conheci Rafael , toda a minha vida se iluminou como que um sol de verão. E a minha alma sorriu ao cruzar a ponte intransponível das minhas idealizações. Ele era lindo , como eu não possa nem descrever. O contorno dos olhos, o desenho dos lábios, o desejo que morava ,inerte ,por entre aquela pele morena ainda são um segredo pra mim... Olhar pra ele é como sentar-me à relva no fim das tardes de outono, quando os campos de trigo, tontos de poesia, já estão embriagados por todas as cores do sol. Olhar ele passar, olhar seu sorriso se abrir é a única e mais simples filosofia que eu quero seguir na vida. Quando vejo que me submeto à agonia das horas, porque sei que ele vem, peço então ao meu espírito que repouse muito quieto, e que se deite horizontalmente por toda a extensão do meu corpo, pra esperar ele passar... Quando ele se aproxima , e posso sentir isso pelo ritmo frenético das minhas palpitações , sinto como se eu fosse todo um erro, uma incoerência, entre meu acordo de sentidos, meu repertório de palavras... Fico mudo, por isso prefiro, de longe, ficar somente olhando pra ele, porque é nessa hora que a minha alma descansa e o meu coração sorri. Porque eu sei que Rafael é como o sol das minhas manhãs, e eu sei que como o meu sol, ele virá todos os dias , e todos os dias eu irei até ele, e sem nada pensar, sem nada concluir sobre causas ou efeitos, seremos sempre, nós dois, uma comunhão de luz, espírito e matéria imersos na profusão de nós mesmos... Pensar nele é como correr à margem molhada das praias, ou sentar-me nas pedras altas quando um vago ouro lustroso parece despertar sobre a linha do horizonte. Amá-lo é para mim como estar ao sol quando há sol ou na chuva quando há chuva. Desejar Rafael é apenas um estado natural da minha alma. Tudo que sinto nele me acalma, me sossega e me pacifica, como a chuva caindo sobre a terra... E se as vezes , se me coloco a pensar , se perdido na confusa inércia coloidal que consome todos os meus pensamentos e palavras, eu me lembro que ainda não nos falamos, se penso que nossas vozes, que nossos beijos , que a luz dos nossos olhos ainda não se tocaram pelos extremos incomunicáveis dos nossos corpos, ainda assim eu sorrio, porque sei que ele é um presente do destino pra mim... e sei que juntos, de mãos dadas, ainda cruzaremos todos os campos e outeiros em direção a um infinito mar de felicidade...
Quisera eu ser um passarinho, e que Rafael fosse a superfície líquida de um lago muito azul...para que no silêncio do nosso amor , eu passasse as tardes da minha vida correndo o bico por aqueles infinitos espelhos d'água... Sepenteando em pequenas ondas que chegassem até as margens , transbordando em cachoeiras, rolando pelos seichos, dissolvendo-se como o som da minha voz perpassando todo o corpo dele. Ascendendo como vapores que se elevam e se precipitam, até beijar de novo o mistério que recobre a superfície intangível daquelas profundas águas... os lábios de Rafael.

2 comentários:

  1. ...traigo
    sangre
    de
    la
    tarde
    herida
    en
    la
    mano
    y
    una
    vela
    de
    mi
    corazón
    para
    invitarte
    y
    darte
    este
    alma
    que
    viene
    para
    compartir
    contigo
    tu
    bello
    blog
    con
    un
    ramillete
    de
    oro
    y
    claveles
    dentro...


    desde mis
    HORAS ROTAS
    Y AULA DE PAZ


    TE SIGO TU BLOG




    CON saludos de la luna al
    reflejarse en el mar de la
    poesía...


    AFECTUOSAMENTE


    ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE BLADE RUUNER ,CHOCOLATE, EL NAZARENO- LOVE STORY,- Y- CABALLO, .

    José
    ramón...

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  2. Nossa que texto lindoooooooooooo.
    Amei de verdade.
    Nossa muito profundo...
    Parabéns!!
    Amei o Blog.

    Se quizer me seguir agradeço ; )
    http://maricavalcantii.blogspot.com/

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